Nos dias 22 a 26 de maio de 2016 aconteceu na cidade de Curitiba a 22ª Conferência Mundial de Promoção da Saúde da UIPES, os integrantes do Grupo de Pesquisa de Planejamento Urbano Saudável do Laboratório de Investigações Urbanas da FEC/UNICAMP/GECPUS/LABINUR/UNICAMP.
Jussara Conceição Guarnieri falou sobre a revitalização e melhoria de espaços urbanos renovando, ampliando e substituindo parcialmente ou totalmente, introduzindo novos elementos com o principal objetivo disseminar a ocupação da população local, promover a reutilização da infraestrutura urbana voltada para promover qualidade de vida. Descrevendo o processo de revitalização do Parque ecológico na cidade de Conchal – SP compondo o urbano saudável. A revitalização desse espaço público permitirá que os munícipes possam usufruir coletivamente a qualidade de vida e melhorar o aspecto físico, emocional e social.
Outro trabalho apresentado foi Horta na Cidade como modeladora do espaço e promotora da saúde, trazendo no atual cenário brasileiro de revalorização da agricultura familiar a horta urbana aparece como uma oportunidade multidisciplinar de retomada do conhecimento tradicional rural, ainda presente na população das cidades. O planejamento urbano pode utilizar as hortas como ferramentas de revitalização do uso social da cidade e de ocupação de vazios urbanos, ao mesmo tempo em que cumpre com as expectativas da área da saúde, que propõe a construção coletiva da promoção da saúde com base autonomista, segundo a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNaPS). Este projeto teve como objetivo identificar características das hortas nas cidades com enfoque no planejamento urbano saudável.
Ana Claúdia apresentou o poster eletrônico do Rodrigo sobre “A RESPONSABILIDADE DA ACADEMIA NA ABERTURA DE UM DIÁLOGO MULTIDISCIPLINAR PARA A PROMOÇÃO DA CIDADE SAUDÁVEL”
Obter o conhecimento dos diversos fatores, componentes, técnicas, metodologias e relações, que constituem o processo promotor da cidade saudável, é um desafio para aqueles que se incumbem desta responsabilidade, uma vez que superar com bases científicas os problemas que as cidades enfrentam, tais como o de “espaços de aglomeração e competição, da luta pelo espaço construído em torno das melhores localizações, de inclusão e de exclusão, com zonas de pobreza e riqueza, de segregação, de ambientes poluídos, espaços geradores de agravos e problemas de saúde” [1], exige fundamentação multidisciplinar, para gerar a concepção de um planejamento urbano que inclua a promoção da saúde, convergindo na cidade saudável, sensibilizando a academia quanto a sua responsabilidade em desenvolver um diálogo aberto entre as diversas ciências, relacionando o planejamento urbano com a promoção da saúde, mostrando sua ligação intrínseca.