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Ações de Maringá são apresentadas à coordenadora da Rede de Municípios Saudáveis -13 e 14 de novembro

Ações de Maringá são apresentadas à coordenadora da Rede de Municípios Saudáveis Coordenadora da Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis, Ana Maria Girotti Sperandio, discute ações do Maringá Saudável. As ações realizadas pela administração municipal de Maringá foram apresentadas, na tarde desta terça-feira (13) pela comissão intersetorial do programa Maringá Saudável à coordenadora da Rede de Municípios e Comunidades Potencialmente Saudáveis (Opas/OMS/Unicamp) Ana Maria Girotti Sperandio. A apresentação ocorreu durante reunião na Secretaria dos Transportes – Setran. O Maringá Saudável é um programa elaborado a partir da estratégia de “Municípios e Comunidades Saudáveis” da Organização Mundial da Saúde – OMS, e da Organização Panamericana da Saúde – Opas Unicamp e Instituto de Pesquisas Especiais para a Sociedade – IPES. O objetivo é promover qualidade de vida, prevenir doenças e conter a escalada acelerada de investimento na recuperação de doentes. No programa estão inseridas várias ações que buscam orientar a população sobre vida saudável. AÇÕES As ações do Maringá Saudável contemplam várias frentes. Uma delas é o Espaço Saúde, realizado quinzenalmente em postos de saúde. Durante a realização dos eventos a comunidade da região abrangida pela unidade pode realizar exames, receber orientações sobre saúde e qualidade de vida e experimentar alimentos saudáveis. O projeto vem sendo executado desde abril do ano passado com participação maciça da população. As Academias da Terceira Idade – ATIs são outras das ações implantadas pela administração municipal para incentivar a população idosa do município a praticar atividades físicas. Hoje o município conta com 18 unidades fixas e uma móvel, instalada em um ônibus adaptado que percorre os bairros que ainda não têm uma academia. A ATI é um conjunto de equipamentos desenvolvidos com base em modelo chinês, com funções projetadas especialmente para uso de idosos. Maringá foi pioneira do projeto no Brasil. Todas as academias são instaladas ao lado de postos de saúde, bosques e praças públicas, obtendo ótimos resultados avaliados através de estudos feitos pela área de saúde. Outra ação do Maringá Saudável visando a qualidade de vida da população é a campanha “Viva Mais”. A proposta é a obtenção de mais saúde, bem-estar e disposição através da prática de 30 minutos de atividades físicas diárias, ingestão de cinco porções de frutas, legumes ou verduras, e ingestão de oito copos de água. Para as atividades físicas, o programa sugere, por exemplo, que a população passe a ir ao supermercado a pé; desça do ônibus alguns pontos antes; cuide de jardim ou horta; brinque com uma criança; faça alongamento; suba pela escada em vez de usar elevador; leve o cachorro para um passeio. Sobre a alimentação, o Viva Mais sugere que sejam feitas cinco refeições por dia, acrescentando um vegetal, suco ou fruta em cada uma dessas refeições. A respeito da hidratação, deve-se beber no mínimo oito copos de água por dia, aumentando a quantidade se o clima estiver mais quente ou de acordo com a atividade física. O programa “Viva e Deixe Viver – pelo fim das mortes no trânsito” também é uma campanha realizada pela administração, que prevê a conscientização do motorista maringaense no sentido de evitar acidentes. Os núcleos de violência também são abrangidos pelo programa. No ano passado o setor, que está sendo ativado gradativamente intersetorialmente, trabalho com o tema violência. O foco para o próximo ano é o combate às drogas, através de campanhas de orientação sobre os malefícios da dependência química, capacitações de servidores que atuam com esse público, sensibilizações de familiares e usuários de álcool e outras drogas. PROGRAMAÇÃO Depois da reunião a doutora Ana Maria, que também é pesquisadora do departamento de Medicina Preventiva da Unicamp e do Instituto de Pesquisas Especiais para a Sociedade – IPES, visitará a horta comunitária do Parigot de Souza, onde conhecerá o projeto inserido no Maringá Saudável. Às 18h30 a coordenadora conhecerá o curso de culinária saudável, que também é realizado com freqüência pelas unidades de saúde. Nesta quarta-feira (14) Ana Maria participa, a partir das 8 horas, de um café da manhã na ATI do Parigot de Souza, quando terá contato direto com os usuários da unidade. Serviço:___________________________________________________ Informações com a coordenadora do Maringá Saudável, Ana Rosa Palácios, telefone 3218-3181. Assessoria de Comunicação – Ariana Zahdi

Dra. Ana Maria participa do IV Seminário do Projeto Municípios Saudáveis no Nordeste do Brasil / Encerramento do curso.

IV Seminário do Projeto Municípios Saudáveis no Nordeste do Brasil  

 

Data: 08 e 09/11/07

 

            A Dra. Ana Maria Girotti Sperandio participou do IV Seminário de Municípios Saudáveis no Nordeste do Brasil, que representa o fortalecimento da Política Nacional de Promoção da Saúde (30/03/2006) e demonstra a capacidade de manter ininterrupta uma proposta que foi construída coletivamente entre gestores municipais, população, pesquisadores nacionais e internacionais.

Eventos dessa natureza são importantes para divulgar os princípios da Promoção da Saúde (autonomia, co-responsabilidade de sujeitos e coletividades, concepção ampliada de saúde, redução de vulnerabilidades e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes, participação social, intersetorialidade, boa governança, empoderamento e sustentabilidade) e do movimento de “Municípios Saudáveis”, na medida em que apóiam o dialogo entre gestores, cidadãos e pesquisadores para a construção de políticas públicas saudáveis locais, nacionais e internacionais. Esse diálogo se expande para outros setores de interesse na melhoria da qualidade de vida gerando campos capazes de promover a desejada colaboração intersetorial.

O tema deste IV Seminário destaca a necessidade de discutir-se a construção de redes sociais, em especial da Rede Pernambucana de Municípios Saudáveis que está sendo apoiada pela Universidade Federal de Pernambuco, pela Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, pela Agência Internacional de Cooperação do Japão (JICA), pela Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de Pernambuco, pela Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE), além das Prefeituras Municipais de Barra de Guabiraba, Bonito, Camocim de São Félix, Sairé e São Joaquim do Monte.

Os parceiros acima citados colaborarão com a realização do evento.  

 

Objetivos

Promover intercâmbio entre pesquisadores regionais, nacionais e internacionais, populações interessadas e gestores sobre Promoção da Saúde, construção de Redes Sociais e Municípios Saudáveis.

Divulgar a Política Nacional de Promoção da Saúde.

Ampliar a Rede Pernambucana de Municípios Saudáveis a partir de oficinas, apresentação de trabalhos e debates.

Divulgar tecnologias de gestão integrada da saúde, de empoderamento da população e de colaboração intersetorial.

Programação

Dia: 08 e 09 de novembro de 2007 em Recife-PE
Local: Hotel Casa Grande – Quadra JK Loteamento Redenção, Gravatá-PE
(Segunda via de acesso à Gravata. À direita)  

 

Conferências:

A construção de Redes Sociais em Promoção da Saúde

Determinantes Sociais da Saúde e Objetivos do Milênio

Mesas redondas:

Experiências de Redes de Municípios Saudáveis no Brasil

21 anos da Carta de Ottawa – Aonde chegamos?

Oficinas:

a) Tecnologias de gestão integrada em saúde

b) Metodologias de empoderamento em promoção da saúde

c) Espaços municipais de articulação e promoção de políticas públicas saudáveis

d) Consórcios Intermunicipais de Saúde

e) Avaliação de Capital Social

f) Cultura de Paz

g) Intersetorialidade na gestão da saúde

 

 

Texto retirado do site: http://www.nusp.ufpe.br/agenda.htm

“Curso para Implantação de Ambientes Livres do Tabaco (ALT) na Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis”

 

  

 

 

“Curso para Implantação de Ambientes Livres do Tabaco (ALT) na Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis”

 

 

 

Data: 05/12/2007

 

Horário: 09h00 às 17h00

 

Local: Auditório da biblioteca Central – UNICAMP

 

Inscrição: 8h30 às 9h00 no local

 

09h00 – Abertura

 

         Drª. Ana Maria Sperandio

 

         Coordenadora da Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis.

 

         Prof. Dr. Edison Fávero

 

         Prefeito da Cidade Universitária

 

         Exmo. Sr. Maurício Sponton Rasi   

 

         Prefeito da Cidade de Porto Ferreira

 

         Exmo. Sr. Sebastião Antonio Camargo Rossi

 

         Prefeito da Cidade de Extrema

 

         Exmo. Sra. Salime Abdo

 

         Vice-prefeita Prefeito da Cidade de Nova Odessa

 

         Dr. Jaime Guido Hinojosa Rojas

 

         Profissional Nacional Coordenador do Programa de Tabagismo OPAS-OMS

 

         Prof. Dr. Gastão Wagner Campos

 

         Chefe do Departamento de Medicina Social e Preventiva FCM/UNICAMP

 

         Prof. Dr. Carlos Roberto S. Correa

 

         Vice-Coordenador do Departamento de Medicina Social Preventiva UNICAMP

 

         Dr. Pedro Humberto Scavariello

 

         Representante do Secretário de Saúde da Cidade de Campinas

 

                  

 

 

 

         Apresentação do Comitê “Ambientes Livres de Tabaco” da RMPS      

 

 

 

 

 

09h15 – Mesa de abertura: Buscando as Convergências e Alcançando os          Resultados.

 

           Dra. Vera Costa e Silva

 

           Consultora da Organização Pan-Americana da Saúde OPAS-OMS   

 

            Dr. Jaime Guido Hinojosa Rojas

 

           Profissional Nacional, Coordenador do Programa de Tabagismo OPAS-OMS      Sra. Vera Lúcia da Silva Colombo

 

           Técnica responsável pela Implantação do Programa Nacional de Controle          doTabagismo nos Ambientes de Trabalho – Ministério da Saúde      

 

           Dra. Luizemir Wolney Carvalho Lago

 

           Secretaria Estadual de Saúde – SP.

 

 

10h45 – Café Saudável

 

 

11h00 As leis existentes que podem ser utilizadas pelos Municípios para      reforçar os ALT.

 

             Ordem dos Advogados do Brasil – Legislação ALT.

 

            Dr. Mário Albanese – Presidente da Associação de Defesa da Saúde do         Fumante (Adesf),

 

            Debates

 

            Coordenação: Dra. Catarina Figueiredo – Hortolândia, Sra. Celina Matiko  Hori Higa – Unicamp, Sr. Carlos Augusto Rodrigues de Souza – Campinas, Dr. Mário Becker  Campinas e Hortolândia.

 

 

11h45 – Debate                   

 

 

 

12h30 – Almoço

 

 

 

 

TARDE

 

 

 

 14h00 – Conversando com os Gestores: Aplicação das Leis Municipais            existentes para a promoção de um ambiente livre do tabaco.                Dr. José Saraiva – Secretário de Saúde do Município de Campinas;

 

            Dr. José Cláudio Carrete e Silva – Coordenador do programa de controle do tabagismo do Município de Itatiba-SP;

 

            Dra. Miriam Daiy Calmon Scaggion – Coordenadora do Programa da               Saúde da Família –  Município de  Pirassununga-SP;

 

            Sra. Salime Abdo – Vice-Prefeita do Município de Nova Odessa-SP;

 

            Coordenação: Dra. Vera Costa e Silva – Consultora da OPAS – OMS.

 

                 

 

 15h15 – Saúde e Coerência

 

             Três experiências na RMPS em ALT.                        

 

              Sr. Carlos Augusto Rodrigues de Souzas – Campinas SP;

 

             Sra. Cristiane Mareschi Barbosa – Nova Odessa-SP; 

 

             Sra. Rosa Maria Bueno – Americana/SP.

 

            Coordenação: Dr. Roberto Mardem – Secretário de Saúde do Município de Sumaré-SP

 

             

 

 15h30 – Café Saudável

 

 

 

 15h45 – Perguntas e Respostas estruturadas – buscando os caminhos                      mais eficazes.

 

            Mesa a ser organizada: OPAS-OMS, Ministério da Saúde, Empresas,                 Instituições de Ensino e Representantes da RMPS.

 

            Coordenação: Dr. Mário BeckerCoordenador do Programa de Controle do Tabaco de Campinas.

 

 

 

 17h00- Avaliação e Relatório

 

 

 

 

 

Coordenação do Curso:

 

Profa. Dra. Ana Maria Girotti Sperandio

 

Coordenadora da Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis

 

Pesquisadora da FCM/UNICAMP

 

 

Comitê “Ambientes Livres do Tabaco” da Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis, cidades do comitê: Americana, Campinas, Extrema, Hortolândia, Itatiba, Louveira, Nova Odessa, Pirassununga, Porto Ferreira, Sumaré.

  CONVITE

Dra. Ana Maria ministra curso de Promoção da Saúde na Universidade Estadual do Amazonas

 
 

A Dra. Ana Maria Girotti Sperandio  ministrou o curso de atualização para docentes e gestores de saúde, cujo tema foi  “Promoção da Saúde”, na perspectiva da Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis no período de 22 a 26 de outubro de 2007, em horário integral, na Escola Superior de Ciências da Saúde, da Universidade do Estado do Amazonas, sito à Av. Carvalho Leal, 1777. Convite Oficial em anexo.

Carta enviada à Presidência da República exigindo ambientes fechados 100% livres de Tabaco

Ambientes fechados 100% livres da fumaça de tabaco, já!

 

 7 DE NOVEMBRO DE 2007 –  11h

 

Presidência da República recebe carta que exige do governo ambientes fechados 100% livres da fumaça de tabaco, já

 

Reivindicação é de entidades antitabagismo, de médicos e profissionais de saúde de todo o Brasil, e de órgãos do próprio governo.

 

A Aliança de Controle do Tabagismo – ACTbr, composta por organizações da sociedade civil interessadas em coibir a expansão da epidemia tabágica, entrega a autoridades governamentais, nesta quarta-feira, dia 7, em Brasília, um documento reivindicando ambientes fechados 100% livres de tabaco. O documento será entregue em vários locais: às 11h, na reunião da Comissão Nacional Interministerial para a Implementação da Convenção Quadro (Conicq), na Esplanada dos Ministérios, sede do Ministério da Saúde. Depois, os representantes da ACTbr irão encaminhar o documento às Presidências da República, da Câmara e do Senado, da Frente Parlamentar da Saúde e ao Ministério da Saúde.

 

Este documento, intitulado Carta do Fórum, foi produzido durante reunião do Fórum sobre Tabagismo Passivo e Legislação sobre Ambientes Livres de Fumo no Brasil, realizado em setembro, no Rio de Janeiro, e propõe a alteração da Lei Federal n. 9.294, de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso de tabaco. Participaram da redação da carta, além de representantes da ACTbr, organizações e entidades ligadas à saúde, ao meio ambiente, à Justiça e à educação, entre outras. Na Carta do Fórum, as entidades alertam para dados da Organização Mundial da Saúde, que mostram que 5 milhões de indivíduos morrem anualmente por doenças causadas pelo fumo, sendo 200 mil no Brasil. Já está comprovado cientificamente que a poluição tabagística ambiental é causa de doenças em não fumantes, expondo estes indivíduos a um risco de câncer de pulmão 30% maior, e de doenças cardiovasculares 24% maior do que não-fumantes não expostos à fumaça do cigarro.

 

As entidades buscam chamar atenção para o fato de que garantir uma área destinada aos fumantes, ainda que devidamente isolada e com arejamento conveniente, expõe a fragilidade da legislação em vigor e dificulta a ação da vigilância sanitária. Isso porque os sistemas de ventilação são geralmente ineficientes, permitindo a exposição involuntária à fumaça do tabaco, colocando em risco a saúde da população, sobretudo dos que exercem jornada de trabalho, transitam, convivem e/ou permanecem em tais locais.

 

O objetivo do documento, portanto, é adequar a lei atual às relevantes evidências científicas e epidemiológicas e à Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, tratado internacional proposto pela OMS, do qual o Brasil é participante, e garantir ambientes 100% livres da fumaça de tabaco em locais fechados, sem exceção.

 

Conheça, abaixo, a íntegra da Carta do Fórum.

 

Fórum sobre Tabagismo passivo e legislação sobre ambientes livres de fumo no Brasil.

 

Carta do Fórum
Rio de Janeiro , 12 de setembro de 2007

Exmo. Sr. Presidente da República Federativa do Brasil,
Exmo. Sr. Ministro de Estado da Saúde,
Exmo. Sr. Presidente da Câmara dos Deputados,
Exmo. Sr. Presidente do Senado Federal,


As organizações e entidades abaixo assinadas, reunidas no Fórum sobre Tabagismo passivo e legislação sobre ambientes livres de fumo no Brasil, realizado na cidade do Rio de Janeiro em 12 de setembro de 2007, vêm propor a alteração da Lei Federal n. 9.294, de 15 de junho de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos derivados do tabaco, com o objetivo de adequá-la às relevantes evidências científicas e epidemiológicas e ao marco regulatório internacional para promover ambientes 100% livres da fumaça de tabaco em recintos coletivos fechados, sem exceção, pelas razões que seguem.

 

O tabagismo representa um problema de saúde pública em todo mundo. Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 5 milhões de indivíduos morrem anualmente por doenças causadas pelo fumo, sendo 200 mil no Brasil. O tabagismo passivo é causa de doenças em não fumantes. Estudos mostram um risco de câncer de pulmão entre não-fumantes expostos à poluição tabagística ambiental (PTA) 30% maior do que entre os não expostos, e riscos de doenças cardiovasculares entre não fumantes expostos à poluição tabagística ambiental 24% maior do que entre os não expostos.

 

Pesquisas sobre tabagismo passivo se acumulam desde a década de 80, e confirmam os sérios e mortais efeitos à saúde da exposição involuntária à fumaça do tabaco, que se relacionam ao aumento, entre os não fumantes, do risco de morte por cardiopatias e cânceres, além de se constituírem em importante fator de risco para as crianças (agravamento da asma, doenças respiratórias e pulmonares, e síndrome da morte súbita infantil). As políticas de áreas livres de fumo são os meios mais econômicos e efetivos de evitar as conseqüências da exposição à fumaça do tabaco. A simples separação de fumantes e não fumantes dentro de um mesmo espaço não elimina a exposição, nem os sistemas de ventilação oferecem solução satisfatória à poluição tabagística ambiental.

 

Das cerca de 4.700 substâncias encontradas na corrente principal (fumaça que o fumante inala), cerca de 400 foram identificadas na corrente secundária (a que polui o ambiente), em quantidades comparáveis com a corrente principal. Porém, algumas delas como a amônia, benzeno, monóxido de carbono (CO), nicotina, nitrosaminas e outros cancerígenos podem ser encontrados na fumaça que polui o ambiente em quantidades mais elevadas do que na fumaça tragada pelo fumante. Atualmente a PTA é o maior fator poluente conhecido de ambientes fechados, e o tabagismo passivo é a terceira principal causa de morte evitável, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo de álcool.

 

Para reverter essa epidemia global, 192 países aprovaram em 2003 a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco – o primeiro tratado internacional de saúde pública negociado sob coordenação da OMS. Esse tratado determina uma série de ações intersetoriais cujo objetivo é “proteger as gerações presentes e futuras das devastadoras conseqüências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas geradas pelo consumo e pela exposição à fumaça do tabaco”.

 

Em novembro de 2005, o Brasil ratificou o texto da Convenção-Quadro no Congresso Nacional, comprometendo-se a cumprir as obrigações e observar seu marco regulatório estabelecido no âmbito internacional. O seu artigo 8º trata da adoção de medidas eficazes de proteção contra a exposição à fumaça do tabaco em locais de trabalho, meios de transporte público, lugares públicos fechados e, ativamente, promover e aplicar essas medidas nos níveis jurisdicionais.

 

Em julho de 2007, a segunda conferência dos Estados Partes da Convenção-Quadro (COP2) aprovou, por unanimidade, diretrizes de melhores práticas para orientar os países a efetivar o artigo 8º. E recomendou o banimento do ato de fumar em ambientes fechados como a única forma de proteger a população mundial das conseqüências do tabagismo passivo. Diferentes países, como Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda, Uruguai e Argentina já proibiram totalmente o fumo em ambientes públicos fechados, incluindo bares, centros comerciais, restaurantes, repartições públicas, etc.

 

O Brasil já conta com um avançado Programa de Controle do Tabagismo e um quadro legislativo amplo, preenchendo grande parte das obrigações estabelecidas na Convenção-Quadro. No entanto, a legislação nacional sobre fumo em ambientes fechados (Lei Federal n. 9.294/1996 e Decreto n. 2.018/1996, que a regulamenta) está defasada em relação às massivas e conclusivas evidências científicas, bem como é incompatível com as diretrizes do artigo 8º da Convenção-Quadro, com as recomendações da OMS, com os termos da Constituição Federal de 1988[1] e com as relevantes Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) referentes à segurança e saúde dos trabalhadores no ambiente de trabalho[2].

 

A impossibilidade de garantir área destinada com exclusividade ao consumo de fumígenos tabaco derivados, devidamente isolada e com arejamento conveniente, expõe a fragilidade da legislação em vigor e dificulta a ação da vigilância sanitária. A adoção de sistemas de ventilação é ineficiente e não elimina a exposição involuntária à fumaça do tabaco preconizada pela Convenção-Quadro para proteger a sociedade dos riscos do tabagismo passivo em ambientes internos, sobretudo, proteger a saúde daqueles que exercem jornada de trabalho, transitam, convivem e/ou permanecem em locais fechados inalando as substâncias tóxicas cancerígenas da poluição ambiental do tabaco.

 

Por todo o exposto, é fundamental que o Brasil, como Estado Parte da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, alinhe sua legislação para atender as diretrizes do artigo 8º desse tratado e as recomendações da OMS, proibindo totalmente o consumo de produtos fumígenos derivados do tabaco em recintos coletivos fechados, para assegurar ambientes 100% livres da fumaça de tabaco, sem exceção.

 

 

 

 

 

 

 

Respeitosamente,

 

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÁNCIA SANITÁRIA – ANVISA
ALIANÇA DE CONTROLE DO TABAGISMO – ACTBR
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CÂNCER
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONTROLE E TRATAMENTO DO TABAGISMO – ABRATT
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS – ABEAD
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ODONTOLOGIA – ABO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA – ABP
ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DA SAÚDE DOS FUMANTES – ADESF
ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA – AMB
ASSOCIAÇÃO PSIQUIÁTRICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRAL GERAL DOS TRABALHADORES DO BRASIL – CGTB
CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA / SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO
COMITÊ ESTADUAL DE PROMOÇÃO DE AMBIENTES LIVRES DE TABACO – SP
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM – COFEN
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA – CFM
CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE – CONASEMS
COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO PAULO
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PROGRAMA DE CONTROLE DO TABAGISMO – SES/SP
FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES DE AGRICULTURA FAMILIAR – FETRAF SUL
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ – FIOCRUZ
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA
MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – MDA
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB
REDE DE MUNICÍPIOS POTENCIALMENTE SAUDÁVEIS
SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – SVS/MS
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DA PARAÍBA – SES/PB
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE E DEFESA CIVIL DO RIO DE JANEIRO  – SESDEC / RJ
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE JOÃO PESSOA
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO  – SMS/RJ
SINDICATO DOS GARÇONS, BARMENS E MAITRES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA – SBC
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA – SBC/FUNCOR
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM ONCOLÓGICA – SBEO
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA – SBOC
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TSIOLOGIA – SBPT
SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO  – UERJ
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF
VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA / PB



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