Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis

Uso do teatro como ferramenta lúdico-educativa e valorização dos agentes de endemias estão entre as propostas

A Secretaria de Saúde de Anchieta enviou dois trabalhos para a terceira edição do Congresso de Medicina Familiar Iberoamericana e a décima edição do Seminário Internacional de Atenção Primária à Saúde, que acontecem em Havana(Cuba), de 12 a 16 de março. Os eventos têm como tema “Fortalecendo a medicina familiar e a Atenção Primária à Saúde nos sistemas de Saúde: Chamado para o Século 21”.

Os trabalhos enviados foram desenvolvidos pela Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde. O primeiro tem como titulo: “O Teatro como ferramenta de educação em Saúde e Intersetorialidade na Atenção Primária no Sudeste do Brasil” e trata da experiência do teatro desenvolvido por um grupo de atores amadores da Vigilância Ambiental.

O título do segundo é “Os negligenciados das negligenciadas – Uma (re)visão sobre os agentes de combate às endemias” e tem propostas para mudanças no trabalho dos agentes de endemias no Brasil. Entre as propostas estão a incorporação dos agentes de endemias à Estratégia Saúde da Família; a diminuição da quota mensal de imóveis a serem visitados e melhor identificação dos logradouros, evitando a duplicidade de ações com os agentes comunitários de saúde. “Nossa percepção é que a produtividade e efetividade das ações dos agentes de endemias podem ser potencializados se forem focadas em terrenos baldios e no mapeamento das informações sobre agravos de doenças como a dengue”, diz Gabriel Pitanga, biólogo da Vigilância Ambiental. “É também oportuna a valorização dos agentes e a promoção e prevenção da saúde através de ações lúdico-educativas para que possamos controlar doenças e agravos como a dengue e outras doenças”, diz.
Os coordenadores do Programa de Educação em Saúde e Mobilização e Social, Josélia Frontino e Renan Ferreira, argumentam que “o teatro se tornou uma ferramenta essencial na Atenção Primária no município de Anchieta com número crescente de apresentações e temas abordados”. O setor vem, desde 2010, dando publicidade dos serviços de saúde prestados à população bem como à comunidade acadêmica, procurando participar dos eventos nacionais compartilhando, dessa maneira, experiências exitosas no SUS.

Por João Carmo
A Secretaria de Saúde de Anchieta conquistou a segunda colocação nacional no Prêmio Sérgio Arouca de Gestão Participativa no SUS, em sua quarta edição. A experiência premiada de Anchieta foi a instalação dos Conselhos Locais nas unidades de Saúde do município. O trabalho do Orçamento Participativo em Cariré(CE) ficou com a primeira colocação.
A entrega da premiação aconteceu durante a 14ª Conferência Nacional de Saúde, ocorrida no dia três de dezembro de 2011. O valor da premiação foi de R$ 5 mil (cinco mil reais) para os cinco primeiros colocados. O secretário de Saúde, Fayer Fonseca, já adiantou que vai destinar aos Conselhos Locais.
O Prêmio foi criado em 2005, e homenageia o sanitarista Sergio Arouca(1941/2003), um dos líderes da Reforma Sanitária no país, e faz parte da agenda da 14ª Conferência Nacional de Saúde, cujo eixo é “Acesso e acolhimento com qualidade: um desafio para o SUS”. O objetivo da iniciativa é promover o reconhecimento e a divulgação de experiências exitosas de gestão participativa em saúde nos serviços, organizações e movimentos sociais.
Os conselhos locais de saúde de Anchieta foram criados a partir da experiência do Curso de Especialização em Atenção Primária à Saúde, realizado pela Secretaria de Saúde em parceria com o governo do Estado. Durante o ano de 2009, as turmas de alunos de Anchieta na Faculdade Pitágoras, sob a orientação do professor Cláudio Tosta, decidiram, como projeto conjunto, a implementação dos conselhos locais. O processo culminou no dia 29 de maio de 2010 quando aconteceram as eleições e posse dos conselhos locais de Saúde em todas as unidades da ESF do município.

O processo eleitoral foi um sucesso. Apesar do dia chuvoso, 1045 moradores compareceram aos postos de votação. Foram eleitos e empossados nove conselhos com 12 membros cada um, constituindo um parlamento de 108 membros que têm atribuições de fiscalizar as ações nas unidades locais de Saúde, e propor ações para ampliar e melhorar os serviços prestados pelas unidades.

Anchieta foi o primeiro município do Espírito Santo a ter 100% das unidades de Saúde com conselhos locais eleitos e instalados. O prefeito Edival Petri pediu aos eleitos que assumam a tarefa nos conselhos locais como uma missão. “O cargo confiado a vocês não é para acusar profissionais, ou para vinganças pessoais. A comunidade deu um voto de confiança aos conselheiros, para que ajudem a melhorar os serviços”, salientou.

As eleições marcaram o início de um processo inédito de participação ativa e institucionalmente reconhecida das comunidades na fiscalização das ações das unidades de Saúde, bem como na formulação das políticas municipais de Saúde. O processo de democratização da Saúde cumpre um dos pontos da proposta de governo do prefeito Edival Petri.
Quem foi Sérgio Arouca
Sérgio Arouca formou-se pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), em 1966. Como consultor da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), atuou em vários países, como México, Colômbia, Honduras, Costa Rica, Peru e Cuba.
Professor concursado da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fiocruz, Arouca lecionou alguns anos, até ser convidado para trabalhar com o governo sandinista da Nicarágua. Nesse período, teve início sua ligação com o sistema de saúde cubano, que assessorou tanto na formação de recursos humanos quanto no desenvolvimento de programas assistenciais. Voltou ao Brasil em 1982, quando foi eleito chefe do Departamento de Planejamento da Escola Nacional de Saúde Pública.
Em 1985 foi nomeado presidente da Fiocruz e, durante sua gestão, a instituição recuperou o prestígio no campo da pesquisa científica e do desenvolvimento tecnológico, tornando-se uma instituição de ponta na formulação e discussão da política de saúde. Como presidente da Fiocruz, foi o responsável pela reintegração dos dez cientistas cassados pela ditadura militar.
Por toda a sua produção científica e a liderança conquistada na construção do Sistema Único de Saúde (SUS), Arouca virou uma referência mundial. Além de sua atuação como médico sanitarista, Arouca participou da vida política brasileira. Foi militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), no qual lutou pela redemocratização do país, pelo acesso universal à saúde e pelas reformas de base.

1. Os conselhos foram empossados no dia 29 de maio de 2009

2. Sérgio Arouca, liderança do movimento sanitarista brasileiro

Informações enviadas pela Prefeitura de Anchieta/ES

Na última segunda, dia 6 de fevereiro, a equipe coordenada pela articuladora da RMPS de Conchal, Jussara Guarnieri da Secretaria da Saúde, Sr Ismar Seratti, presidente da câmara, Rosani Tarabussi e Ivonete da Cruz, agentes de saúde de Conchal , vieram conhecer o horto medicinal do Viveiro e o Horto Comunitário do bairro Cruzeiro do Sul, para implantar um horto junto à sede de Programa de Saúde da Família do município de Conchal.
A visita foi organizada para Conchal receber atraves de doação mudas e plantas, como também informações do cultivo e uso.
A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara foi representada pelas enfermeiras Patrícia Queiroz , Juliana Jodas do PACS de são Fernando , Ivan Carpim da assistência Farmaceutica, e o enf Marcos Pensuti. Segundo o secretário de Saúde , Sr Carlos Eli, há interesse em implantar projeto com horto medicinal Comunitário em São Fernado . O horto do Cruzeiro do Sul já está formado. O biólogo Alexandre Visókas e o viveirista, Sr Mauro participaram da organização do evento .

A Prefeitura de Conchal/SP inaugurou a Horta Comunitária USF Jardim Planalto “Maria Silva Batista Corrêa”, no dia 09 de novembro realizando um desejo antigo da comunidade local.
A horta que foi baseada na experiência de outras cidades pertencentes ao projeto “Rede de Municípios Potencialmente saudáveis”, foi construída em um terreno de mais de 9 mil m², cedido pela Prefeitura. O terreno era um local abandonado, cheio de entulho e mau utilizado pelos moradores (figura 1).
A comunidade participou da limpeza e na construção da horta, hoje os moradores já consomem o que produzem e comercializam as hortalizas, gerando uma transformação do urbano (figura 2).