Conchal/SP discute a implantação de uma ciclovia

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No último dia 13 de abril de 2011, ocorreu mais uma reunião da RMPS na sala de reunião do Paço Municipal da Prefeitura do Município de Conchal, com representantes dos Departamentos Municipais de Saúde, Segurança, Obras e Educação e a Educadora Física e Fisioterapeuta Dra. Jussara Conceição Guarnieri.

Violência muda a cara da cidade com barreiras anti-invasões

Para estudiosos, o modelo de autoproteção baseado no isolamento em ilhas é falho

Prof. Dr. Lauro Francisco Filho
Prof. Dr. Lauro Francisco Filho

O Prof. Dr. Lauro é pesquisador do Grupo de Pesquisa “Promoção da Saúde e Políticas Públicas em Rede” da FCM/UNICAMP e do Laboratório de Investigações Urbanas (LABINUR) da FEC/UNICAMP.

Muralhas feitas de pedras, torres de vigilância, fossos preenchidos com água e até mesmo torres de observação de defesa e ataque. A estética característica da arquitetura da Idade Média, que durante séculos simbolizou segurança e proteção, inspira um novo mercado da construção civil que vem ganhando espaço na morfologia urbana dos grandes centros.

O resgate do conceito no modelo de segurança baseado em barreiras anti-invasões vem alterando características estéticas das residências de alto padrão em um fenômeno que especialistas já classificam como “medievalização das construções”. Para estudiosos da chamada arquitetura da violência, o modelo de autoproteção baseado no isolamento em “ilhas” é falho.

Ao invés de garantir mais segurança, os novos “minifeudos” reduzem a convivência no espaço urbano, esvaziam as ruas de áreas residenciais e fomentam ainda mais a cultura do medo.

Em Campinas, não são difíceis de serem encontradas residências que se espelham na arquitetura da violência e que até pouco tempo só eram vistas em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Entre as principais caraterísticas estéticas das novas moradias, se destacam a diminuição do tamanho das janelas frontais ou até mesmo sua substituição por janelas laterais; elevação no tamanho de muros, que em alguns casos chegam a até 12 metros de altura; seteiras — aberturas em muros semelhantes às existentes em muralhas medievais para utilização de arco e flecha, agora substituídas por armas semiautomáticas —; torres de observação e outras barreiras físicas que, reunidas, tornaram o que antes se assemelhavam a lares, em grandes fortificações.

Na opinião de quem estuda o assunto, a arquitetura da violência é alimentada por uma sensação de insegurança coletiva que, em determinados casos, pode beirar até mesmo a paranoia. No Brasil, já existem até mesmo empresas especializadas na construção dos chamados “quartos do pânico”. A construção, que dá nome ao filme estrelado pela atriz norte-americana Jodie Foster, ficou conhecida por ser uma célula de sobrevivência blindada que permite manter quatro pessoas por até sete dias em caso de invasão a uma residência. O mercado brasileiro já oferece também a construção de bunkers de guerra. Subterrâneos, podem abrigar uma família por até três anos e, segundo uma empresa da área localizada em Jundiaí, as vendas têm crescido a cerca de 30% ao ano no País.

O arquiteto Lauro Luiz Francisco Filho, coordenador do Laboratório de Investigações Urbanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que, apesar de toda esta estrutura, as estratégias de segurança na maioria deste tipo de construções são ineficientes. A reportagem saiu com o professor pelas ruas de Campinas, onde o especialista encontrou exemplos de construções que se espelham em fortificações, mas que, segundo ele, não só não impedem invasões, como também, pioram a qualidade da segurança residencial.

O primeiro endereço residencial visitado foi uma casa à venda no bairro Parque Universitário. O muro encobre quase que totalmente a frente da casa, há interfones, câmeras de segurança e cerca elétrica. A casa é aparentemente bem segura e quase intransponível. Mas não é. “A dificuldade do criminoso será só entrar, depois disso, aqui fora, ninguém vai ver mais nada o que acontecer”, afirma.

O especialista explica que a obstrução visual completa do interior da residência é um agente facilitador para a ação de criminosos. De acordo com ele, grades trespassadas, uma cerca elétrica e um cão adestrado já reuniriam condições de segurança mais baratas e eficientes que o modelo de grandes fortificações, e vai além. “Em última análise, segurança está ligada à convivência. A segurança começa com relacionamento. Hoje, você não vê ruas cheias de crianças brincando e vizinhos se relacionando, isso vale mais que qualquer alarme. O criminoso se sente mais intimidado quando vê uma vizinhança na rua, do que ruas vazias, como vemos hoje em dia”, afirma.

O professor lembra que os atuais modelos de construção interferem na iluminação do ambiente, na ventilação e podem, inclusive, se tornar prejudiciais à saúde. “As pessoas têm trocado salubridade, por uma falsa sensação de segurança”, afirma.

Reportagem de Henrique Beirangê
17/04/2011 – 10h44 . Atualizada em 17/04/2011 – 11h38
Leia mais nos joranis da RAC de 17/04

Conchal/SP Comemora o dia Mundial da Atividade Física e o Dia Mundial da Saúde

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O Departamento de Saúde e as Unidades de Saúde da Familia do município de Conchal/SP, em parceria com o Departamento da Promoção Social, Agita Conchal e a Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis ( RMPS), comemoraram o Dia Mundial da Atividade Física e Dia Mundial da Saúde com a ” CAMINHADA DO AGITA MUNDO” no Parque Ecológico. O evento teve a participação de aproximadamente 200 pessoas.
Jussara Guarnieri
Coordenadora do Agita Conchal
Realização: Departamento da Saúde
Apoio: Departamento de Promoção Social
ESF’s / USB’s / Atenção Básica/RMPS

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Comemoração do Dia Mundial da Saúde e da Atividade Física em Maringá/PR

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Postos promovem ações pelo Dia Mundial da Saúde e da Atividade Física
Para comemorar o Dia Mundial da Saúde (07/04) e da Atividade Física (06/04), a Secretaria de Saúde promove a partir desta segunda (4) até esta sexta-feira nas Unidades Básicas atividades para todas as idades, com o objetivo de conscientizar a população para a qualidade de vida através da prática de exercícios físicos e alimentação saudável.
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Nesta segunda-feira, várias Unidades Básicas realizam as atividades para a população. Na UBS Iguaçu, entre às 7h30 e 11h30, e às 13h30 e 17h00, a população poderá verificar a pressão arterial e glicemia capilar, além de receber orientação sobre temperos que melhoram o sabor da dieta hipossódica, dengue, prevenção de colo de útero e mama. Já na Clínica Odontológica da UBS, será realizada a avaliação bucal de usuários acima de 50 anos e fumantes, distribuição de folders e orientações sobre lesões bucais.
Na UBS Industrial, durante todo o dia, haverá a exibição de vídeos educativos sobre temas como tabagismo, hipertensão, diabetes, DST/AIDS e dengue. A UBS do Internorte organiza atividades físicas (alongamento, dança de roda, exercícios de força) avaliações (pressão arterial, peso, estatura, circunferências) e café de manhã com frutas. Já a UBS Mandacaru organiza no Tiro de Guerra, caminhada e alongamentos, orientações sobre hipertensão, diabetes, aferição de pressão arterial e glicemia, entrega de folders (tabagismo, DST/AIDS, doação de sangue, dengue e dicas de alimentação saudável).
A UBS Maringá Velho organiza no Bosque das Grevíleas a realização de atividades físicas, orientações sobre diversos temas de saúde, aferição de pressão arterial e glicemia capilar. Na UBS Morangueira, a população poderá participar de ginástica, avaliações como pressão arterial, gliceia e IMC, orientações sobre alimentação e atividade física, exposição de artesanato, sorteio de brindes. Já na sala de espera da UBS Olímpico, médicos, dentistas e psicólogos orientarão a comunidade sobre temas como dengue, diarréia, tabagismo, saúde e DST.
Para encerrar as atividades desta segunda-feira, acontece na UBS Vila Operária e São Silvestre durante todo o dia a orientação da população sobre educação em saúde como alimentação saudável, cuidados com higiene pessoal e trânsito.

Confira a programação dos outros dias para esta semana:
UBS Aclimação

7/4, ATI Parque Ingá – Orientações sobre diversos temas de saúde, pressão arterial e glicemia capilar.
UBS Alvorada I
6/4, Escola Municipal Ariovaldo Moreno, 13h00 às 17h00 – Teatro “Mais saúde em nossas vidas”;
7/4, ATI, 08h00 às 11h00 – Orientação sobre o uso correto dos aparelhos da ATI e alongamento; barraca de orientações (tabagismo, DST/AIDS, saúde mental, saúde da mulher e do homem); barraca de medidas ( pressão arterial, glicemia capilar, peso, altura e IMC); exposição de artesanatos e trabalhos do grupo “Pintando e Bordando” e Grupo de Artesanato da UBS; café da manhã.
UBS Alvorada III
5/4, Escola Municipal Maestro Aniceto Matti, 13h00 às 17h00 Medidas antropométricas, pressão arterial e ginasticada;
6/4, Grupo de Gestantes, 08h30 às 10h00 – Orientações sobre atividade física na gestação e direitos da gestante;
7/4, Grupo de Adolescentes, 14h30 às 16h30 – Oficina de alimentação saudável;
8/4, ATI, 08h00 às 11h00 – Barraca de orientações (DST/AIDS, saúde mental, gestantes, saúde da mulher e saúde do homem, dengue, tabagismo); barraca de medidas (pressão arterial, glicemia capilar, peso, altura, IMC; café da manhã.
UBS Cidade Alta
6/4, ATI, 07h30 – Alongamento, IMC, pressão arterial e café da manhã saudável.
UBS Floriano
7/4 – ATI e Centro Esportivo – 08h00 às 11h00 – Ginástica matinal com alongamentos, aferição de pressão arterial e glicemia capilar, orientações com entrega de folders (tabagismo, DST/AIDS, doação de sangue, dengue e dicas de alimentação saudável.
UBS Grevíleas
8/4, ATI, 07h30 – Orientações sobre alimentação saudável, tabagismo, atividade física, verificação de peso/altura, pressão arterial, glicemia capilar e lanche saudável.
UBS Guaiapó/Requião
7/4, ATI, 08h00 às 12h00– Orientações sobre diversos temas de saúde (tabagismo, dengue, DST/AIDS, saúde bucal, estatuto da criança e adolescente, estatuto do idoso, ervas medicinais, avaliação física, cálculo IMC, alimentação saudável), exposição dos grupos desenvolvidos na UBS, aferição de pressão arterial e glicemia capilar, ginástica maluca, oficina de pipas;
7/4, Escola Municipal Angela Borin, 13h00 às 16h30 – Gincana com alunos da 4ª série, montagem da pirâmide, ginástica maluca.
UBS Iguaçu
5, 6, 7 e 8/4, ATI, 7h30 às 9h30 – Orientações aos usuários da ATI, importância da atividade física, verificação de pressão arterial, medidas antropométricas e cálculo IMC;
5, 6, 7 e 8/4, UBS, 7h30 às 11h30 e 13h00 às 17h00 – Verificação de pressão arterial e glicemia capilar, orientação sobre temperos que melhoram o sabor da dieta hipossódica, dengue, prevenção do câncer de colo de útero e mama;
5, 6, 7 e 8/4, Clínica Odontológica UBS – Avaliação bucal de usuários acima de 50 anos e fumantes, distribuição de folders e orientações sobre lesões bucais;
5/4, UBS, 08h00 às 12h00 – Orientação com nutricionista sobre temperos que melhoram o sabor da dieta hipossódica e plantas medicinais;
5/4, Escola Tomaz Edson, manhã e tarde – Atividade física e alongamento;
6/4, Escola Carlos Demia – Teatro para educação infantil “Alimentação saudável”;
7/4, UBS, 09h00 – Palestra “Hora do Chá”;
7/4, Escola Odete Ribaroli, 09h30 e 15h30 – Alongamento para alunos e professores;
7/4, CEMEI Cecília Meireles, 14h00 – Gincana para alunos e professores;
8/4, UBS, 09h00 – Oficina de citronela para usuários em geral pacientes dos grupos programáticos.
UBS Iguatemi
8/4 – ATI e Centro Esportivo – 08h00 às 11h00 – Ginástica matinal com alongamentos, aferição de pressão arterial e glicemia capilar, orientações com entrega de folders (tabagismo, DST/AIDS, doação de sangue, dengue e dicas de alimentação saudável.
UBS Industrial
5 a 8/4 – Sala de Espera UBS – Exibição de vídeos educativos sobre os seguintes temas: tabagismo, hipertensão, diabetes, alimentação saudável, DST/AIDS, dengue, etc;
8/4 – UBS – 8h00 – Aferição de pressão arterial, glicemia, IMC e orientações em saúde;
8/4 – CMEI Luísa Fontes – à tarde – Atividade física com professores e alunos.
UBS Internorte
5/4, UBS, 7h30 às 9h00 – Atividades físicas (alongamento, dança de roda, exercícios de força) orientações em saúde, avaliações (pressão arterial, peso, estatura, circunferências). Café da manhã com frutas.
UBS Maringá Velho
5/4, 07h30, UBS – Orientações sobre diversos temas de saúde (tabagismo, vida saudável, educação no trânsito, etc);
6/4, 08h00 e 14h00, CMEI José Aniceto – Orientações sobre temas de educação em saúde;
7/4, 07h30, UBS – Orientações sobre diversos temas de saúde (tabagismo, vida saudável, educação no trânsito, etc);
UBS Ney Braga
9/4 – Local a confirmar – 08h00 às 16h00 – Ginástica matinal com alongamentos, aferição de pressão arterial e glicemia capilar, orientações com entrega de folders (tabagismo, DST/AIDS, doação de sangue, dengue e dicas de alimentação saudável, preventivo de colo de útero e mama.
UBS Olímpico
6, 7 e 8/4 – UBS – 08h30 às 13h30 – Orientações na sala de espera por profissionais de nível superior (médicos, dentistas e psicólogos) sobre os temas dengue, diarréia, tabagismo, diferença entre gripes e resfriados, saúde bucal e DST;
5/4 – UBS – 07h30 às 09h00 – Dinâmicas de grupo de atividade física com orientações sobre longevidade, aferição de sinais vitais e medidas antropométricas, alongamento direcionado por orientador físico e mesa de frutas.
UBS Parigot Souza
8/4, ATI, 08h00 às 12h00 – Stand de orientação sobre tabagismo, dengue, DST/AIDS, saúde bucal, estatuto da criança e do adolescente e do idoso, ervas medicinais, avaliação física cálculo de IMC, alimentação saudável e exposição dos grupos desenvolvidos na UBS; verificação de pressão arterial e glicemia, oficina de culinária (aproveitamento integral dos alimentos), exposição e oficina de artesanato, ginástica maluca, oficina de pipas, recreação com jogos educativos;
8/4, Escolas, 13h00 às 16h30 – Gincana com alunos da 4ª séries: montagem da pirâmide alimentar, ginástica maluca, concurso de desenho com o tema “vida saudável”, pesagem nas creches.
UBS Pinheiros
5/4, 15h00 – Apresentação de teatro com histórias infantis ao avesso: “Vida Saudável”;
6/4, 7h30 às 10h00, ATI Residencial Tuiuti – Verificação de pressão arterial, peso e circunferências, alongamentos e caminhada, orientações sobre temas de saúde. Apresentação do grupo de capoeira;
7/4, 7h30 às 9h00, ATI Jd Oásis – Panfletagem sobre alimentação saudável, alongamento e caminhada;
7/4, 8h15 às 9h30, Casa do PSF Piatã – Caminhada, dança, café da manhã com frutas com orientação sobre alimentação saudável;
7/4, 7h30 às 8h00 – Palestra “O uso de drogas e suas conseqüências”;
7/4, Capela São Paulo Grupo de Artesanato, 16h00 – “Relaxamento mental e corporal em busca da qualidade de vida”;
8/4, ATI Novo Oásis, 08h00 às 10h00 – “Mini Espaço Saúde” (caminhada, alongamento, verificação pressão arterial, IMC, agendamento preventivo);
9/4, Estacionamento Supermercado Bom Dia da Av. dos Palmares – “Mini Espaço Saúde” (orientação, testes e coleta tradicional para HIV/AIDS. Educação para compras e leitura de rótulos de alimentos com nutricionista;
UBS Quebec
5/4, ATI, 07h00 às 10h00 – “Circuito do Dia Mundial e da Atividade Física” – café da manhã com frutas e orientações sobre saúde do homem, saúde da mulher, alimentação saudável, saúde bucal, tabagismo e a importância da atividade física, num circuito de 05 paradas.
UBS São Silvestre
5/4, Grupo de Caminhada – Orientações e distribuição de panfletos sobre diversos temas de saúde; palestra no Centro
Esportivo;
6/4, UBS – Orientações e distribuição de panfletos sobre diversos temas de saúde;
7/4, UBS – Orientações e distribuição de panfletos sobre diversos temas de saúde;
8/4, UBS, Grupo de Gestantes – Orientações e distribuição de panfletos sobre diversos temas de saúde;
UBS Universo
6/4 – Grupo de Caminhada – 07h30 – Verificação de medidas antropométricas, verificação de pressão arterial e glicemia, palestra sobre hábitos saudáveis, gincana e café da manhã com frutas;
6/4 – Escola Municipal Agmar Santos – 13h00 – Atividade física com alunos e professores;
6/4 – Grupo de Saúde Mental – 15h30 – Lanche saudável com frutas, atividade física, verificação de pressão arterial, glicemia capilar, dados antropométricos.
UBS Tuiuti
6/4, ATI, 08h00 às 12h00 – Orientações sobre diversos temas de saúde, aferição de pressão arterial, detecção de glicemia capilar, avaliação física, orientação sobre alimentação saudável, tabagismo, dengue, saúde bucal, DST/AIDS, ervas medicinais, ECA, Estatuto do Idoso;
6/4, Escola Municipal Rosa Palma Planas – Gincana com alunos da 4ª série, montagem da pirâmide, ginástica maluca.
UBS Vila Esperança
7/4 – UBS – Caminhada com estação de temas referentes a promoção e prevenção da saúde e café da manhã com frutas.
UBS Zona Sul
6/4, Lar Preservação da Vida, manhã – Orientação sobre diversos temas de saúde com distribuição de folders, puericultura e atendimento às gestantes;
7/4, Policlínica Zona Sul, 08h00 às 11h30 e 13h30 às 17h00 – Realização de atividade física, avaliação nutricional, pressão arterial, glicemia capilar, orientações sobre diversos temas de saúde e café da manhã com frutas.

Entrevista com H. GILBERT WELCH

Entrevista de H. Gilbert Welch para a Folha de São Paulo
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Quem deseja buscar saúde não deve procurar doenças

MÉDICO ALERTA PARA EXCESSO DE DIAGNÓSTICOS E RISCOS DA “EPIDEMIA” DE EXAMES PREVENTIVOS
DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE

Doenças devem ser detectadas o quanto antes, para que haja sucesso no tratamento, certo? Não, segundo o médico americano H. Gilbert Welch. O especialista em clínica médica é autor de “Overdiagnosed”, recém-lançado nos Estados Unidos. No livro, Welch, pesquisador da Universidade Dartmouth, afirma que a epidemia de exames preventivos, ou “screening”, como são chamados nos EUA, coloca a população em perigo mais do que salva vidas. Citando pesquisas, ele mostra evidências de que muita gente está recebendo “sobrediagnóstico”: são tratadas por doenças que nunca chegariam a incomodá-las, mas que são detectadas nos testes preventivos. “O jeito mais rápido de ter câncer? Fazendo exame para detectar câncer”, disse ele à Folha, por telefone.

Folha – Como exames preventivos podem fazer mal? H. Gilbert Welch – A prevenção tem dois lados. Um é a promoção da saúde. É o que sua avó dizia: “Vá brincar lá fora, coma frutas, não fume”. Mas a prevenção entrou no modelo médico, virou procurar coisas erradas em gente saudável, virou detecção precoce de doenças. Isso faz mal. Não estou dizendo que as pessoas nunca devem ir ao médico quando estão bem. Mas a detecção precoce também pode causar danos.

De que maneira isso ocorre?
Quando procuramos muito algo de errado, vamos acabar achando, porque quase todos temos algo errado. Os médicos não sabem quais anormalidades vão ter consequências sérias, então tratam todas. E todo tratamento tem efeitos colaterais.
Há um conjunto de males que podem decorrer de um diagnóstico: ansiedade por ouvir que há algo errado, chateação de ter que ir de novo ao médico, fazer mais exames, lidar com convênio, efeitos colaterais de remédios, complicações cirúrgicas e até a morte.
Para quem está doente, esses problemas não são nada perto dos benefícios do tratamento. Mas é muito difícil para um médico fazer uma pessoa sadia se sentir melhor. No entanto, não é difícil fazê-la se sentir pior.

Os médicos dizem que a detecção precoce é essencial no caso do câncer. Mas você diz que é perigoso. Não se deve tratar qualquer tumor inicial?
Não. Se formos tratar todos os cânceres quando estão começando, vamos tratar todo o mundo. Todos nós, conforme envelhecemos, abrigamos formas iniciais de câncer. Se investigarmos exaustivamente vamos achar câncer de tireoide, mama e próstata em quase todos. A resposta não pode ser tratar todos e nem tratar todo mundo. Ninguém mais ia ter tireoide, mamas ou próstata. Câncer de próstata é o símbolo dessa questão.

Por quê?
Há 20 anos, um teste de sangue foi introduzido para detectar câncer de próstata. Vinte anos depois, 1 milhão de americanos foram tratados por causa de um tumor que nunca chegaria a incomodá-los. Esse teste é o PSA [antígeno prostático específico]. Muitos homens têm números anormais de PSA. Eles fazem biópsias e muitos têm cânceres microscópicos e fazem tratamento, o que não é mero detalhe. Pode ser retirada da próstata ou radioterapia. Isso leva, em um terço dos homens, a problemas sexuais, urinários ou intestinais. Alguns até morrem na operação. Não podemos continuar supondo que buscar a saúde é procurar doenças.

Qual é o impacto desses testes de próstata na população?
Um estudo europeu mostrou que é necessário fazer exames preventivos de PSA em mil homens entre os 50 e 70 anos, por dez anos, para evitar a morte por câncer de uma pessoa. É bom ajudar uma pessoa. Mas precisamos prestar atenção às outras 999. Por causa desses exames, de 30 a 100 homens são tratados sem necessidade.
As pessoas precisam refletir. Cada mulher pode decidir se quer fazer mamografia todo ano. Mas temo que estejamos coagindo, assustando e incutindo culpa nelas, para que façam mamografias.

Mas a detecção precoce não é o fator que mais reduz a mortalidade de câncer de mama?
Na verdade, não. Os esforços mais relevantes no câncer de mama vêm de tratamentos melhores, como quimioterapia e hormônios. Os avanços no tratamento nos últimos 20 anos reduziram a mortalidade em 50%.
O problema é se adiantar aos sintomas. Não há dúvida de que uma mulher que percebe um caroço deva fazer uma mamografia. Isso não é teste preventivo, é exame diagnóstico. Claro que os médicos preferem ver uma mulher com um pequeno nódulo no seio do que esperar até que ela desenvolva uma grande massa. A questão não é entre atendimento cedo ou tarde, mas entre buscar atendimento logo que você fica doente e procurar doenças em quem não tem nada.

Critérios usados em exames como de pressão e diabetes estão mais rígidos. Estão deixando todo mundo ‘doente’?
Sim. Somos muito tirânicos sobre saúde. O que é saúde? Se formos medicalizar a definição de saúde, seria: “Não conseguimos achar nada errado”. A pressão está abaixo de 12 por 8, o colesterol está abaixo de tal valor, fizemos uma tomografia e não há nada de errado. Se essa virar a definição de saúde, pouquíssimas pessoas serão saudáveis. É certo tachar a maioria como doente? Saúde é muito mais do que a ausência de anormalidades físicas.

Por que essa conduta está se tornando dominante?
Os médicos recebem mais para fazer mais, o que ajuda a alimentar o círculo vicioso da detecção precoce. É um bom jeito de recrutar mais pacientes, de vender mais remédios ou exames. Nos EUA, há os problemas de ordem legal. Os advogados processam os médicos por falta de diagnóstico, mas não há punições para sobrediagnóstico.
E tem quem creia realmente na detecção precoce. Nunca se diz que há perigo nisso. Pacientes diagnosticados com câncer de próstata e mama por detecção precoce têm muito mais risco de serem sobrediagnosticados do que ajudados pelo teste. Quando você ouve histórias de sobreviventes de câncer, na maioria das vezes o paciente acha que sua vida foi salva porque ele fez um exame preventivo.

E isso não é verdade?
Ele tem mais chance de ter sido tratado sem necessidade. Histórias de sobreviventes geram mais entusiasmo por testes e levam mais pessoas a procurar doenças, gerando sobrediagnóstico.

O que fazer para evitar isso?
Um paciente nunca vai saber se recebeu um sobrediagnóstico. Nem o médico sabe. Não é preciso decidir para sempre se você vai ou não fazer exames. Mas todos os dias novos testes são criados. É preciso ter um ceticismo saudável sobre isso.

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NOME E IDADE
H. Gilbert Welch, 55

FORMAÇÃO E ATUAÇÃO
Especialista em clínica médica, pela Universidade de Washington, professor e pesquisador da área de detecção precoce de doenças na Universidade Dartmouth

LIVROS
“Should I Be Tested for Cancer?” (UC Press 2004) e “Overdiagnosed”, com Lisa Schwartz e Steven Woloshin (Beacon, 2011), US$ 14,70, (R$ 24,55), na Amazon

CÂNCER
E DIAGNÓSTICO

250 mil
mulheres americanas são diagnosticadas com câncer de mama por ano; 40 mil morrem

24%
das mulheres têm ao menos um resultado falso-positivo em mamografias, mostra pesquisa feita por 10 anos

186 mil
homens são diagnosticados com câncer de próstata ao ano nos EUA; 29 mil morrem

Nenhuma
morte por câncer de próstata foi evitada após 10 anos de exames preventivos

Fontes: “New England Journal of Medicine” e National Cancer Institute

JULIO ABRAMCZYK – julio@uol.com.br